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Novas mídias ainda são enigma nas campanhas

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31052010

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Novas mídias ainda são enigma nas campanhas Empty Novas mídias ainda são enigma nas campanhas




Campanha // Marqueteiros se armam para tirar proveito das mídias sociais mediadas pela internet na busca pelo voto, mas ninguém sabe ao certo como o debate travado nessas plataformas vai repercutir junto aos eleitores desconectados "A inclusão digital reinventará a democracia". O testemunho, do cientista social carioca Rodrigo Baggio, fundador da primeira ONG de combate àexclusão digital na América Latina, O CDI (Comitê de Democratização da Informática), ilustra uma preocupação que os comandos de campanha de todo o país levam muito a sério. Com a regulamentação do uso das chamadas TICs (tecnologias da informação e comunicação) nas campanhas eleitorais, candidatos de todos os matizes ideológicos e de todas as regiões do Brasil estão atentos ao poder de comunicação, mobilização e participação popular mediado pelas plataformas digitais, acessadas por um contingente aproximado de 44 milhões de eleitores brasileiros (pouco mais de 30% da população). Se a exclusão digital é o grande desafio para os que advogam em nome do engajamento popular nas questões públicas - 79% da população mundial, segundo Baggio, está excluída da "sociedade da informação" -, a grande dúvida é saber como (e se) o debate travadonessas plataformas vai repercutir na base da pirâmide social do país.

Baggio acredita que as mídias sociais farão a diferença nas próximas eleições, mas entende que essas ferramentas são utilizadas mais ativamente pelas classes A e B, os chamados formadores de opinião, e que os responsáveis por essa comunicação nos comandos de campanha "não sabem ou não entendem" de que maneira as discussões digitais mobilizarão a população "da base". "Minha intuição é que, nessa campanha, as lan houses terão um papel muito importante como porta de entrada das classes populares no debate político", afirma Baggio, lembrando que 48% dos acessos a internet no Brasil são feitos em lan houses - nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, essas casas respondem por 69% dos acessos.

Coordenador da campanha de Eduardo Campos na corrida pela reeleição ao governo de Pernambuco, o baiano Edson Barbosa é cauteloso quando trata do uso das plataformas digitais nesta campanha. "Nós vamos nos posicionar diante dessas ferramentas com todo respeito, com todo cuidado, porque entendemos que estamos trabalhando com um universo novo, um novo ambiente", diz ele. "Temos estudado muito, contamos com uma diretoria de comunicação chefiada por uma jornalista que é talvez a maior autoridade em jornalismo digital no país, a Malu Oliveira, mas eu denuncio a mistificação, a panacéia para vender o produto, a conversa dos experts, porque, para nós, tudo isso é um grande laboratório e o que importa mesmo é o conteúdo. Nossa especialidade é inteligência em comunicação. O que é isso? É ver o que está acontecendo efetivamente, estudar e inventar dentro disso".

Edson Barbosa entende que a tecnologia é uma realidade, mas afirma que a questão é, de fato, a agenda política do candidato. Afirma que esta campanha será da televisão, do rádio, das praças públicas, dos debates, de uma maior participação da sociedade. "A comunidade que está na rede vai participar com a linguagem da rede, então, qualquer político comprometido com inclusão digital, coma inclusão da sociedade na comunicação, vai ter que estabelecer o diálogo com a sociedade através das formas e meios que as plataformas exigem".

No QG de comunicação da campanha de Eduardo, as redes sociais vêm sendo trabalhadas em função da capacidade da candidatura se pronunciar. "Não vejo Eduardo tuitando, porque ele é uma pessoa sistêmica. Quanto maior a responsabilidade política de uma pessoa, mais seletiva e cuidadosa deve ser a sua comunicação, e o Twitter, uma ferramenta que exige uma relação orgânica do comunicador, tem que estar dentro do espírito de quem usa", argumenta Barbosa, lembrando que, para atuar nessa dimensão, existem profissionais que se pronunciam e marcam presença nas redes sociais como vozes de uma agenda política. "Campanha é uma coisa focada, do tipo: com quem você quer falar? o que você quer falar? em quanto tempo? Acho que essa é uma área de risco, do ponto de vista da distorção, quando milhares de pessoas dizem o que querem". Para ele, é importante tratar esse ambiente como umamídia de massa, despersonalizada, "a conversa é o eixo, a fala unitária do emissor, assim, ele vai estar dialogando em cima dos temas que ele pautar", defende.

Barbosa acredita na força do "elemento emulador" nessa comunicação. "Se eu coloco em circulação a informação de um governador que fez tudo o que prometeu como candidato, a interação passa a ser uma questão da consciência de cada um".



Fonte: Diário de Pernambuco
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