Donos de lan houses informais são vulneráveis a chantagens
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31052010
Donos de lan houses informais são vulneráveis a chantagens
O negócio lan house ainda é discriminado pela sociedade em várias regiões do País; empresários do segmento contam até casos de pagamento de suborno para continuar funcionando
Empresários e empreendedores que se encontram na informalidade estão sujeitos a serem pressionados de inúmeras formas. No segmento de lan houses, há casos relatados de proprietários que sofrem discriminação e chegam a pagar propinas a maus policiais e servidores públicos para continuar funcionando. A desinformação sobre o negócio gera esse tipo de situação, que é um dos temas do Encontro de Lan Houses na Feira do Empreendedor em Belém (PA), nesta sexta-feira (28).
Falta reconhecimento da sociedade ao empresário do segmento, segundo João de Deus Amaral Jr., gerente de Comércio e Serviços do Sebrae no Pará. É comum donos de lan houses não se identificarem como empresários. "Alguns empreendedores investiram nesse negócio para gerar uma segunda fonte de renda e não o administram como empresa. Nesse caso, eles também não têm visão do papel social que podem exercer na comunidade", acrescenta o gerente.
Uma grande rede varejista de Manaus fez parceria com as lan houses para oferecer até trinta minutos de navegação gratuita para que consumidores possam pesquisar preços de equipamentos domésticos no mercado local. Se o cliente concluir a compra, a lan house recebe uma comissão. O exemplo empresarial e de inserção social é relatado por João de Deus.
Francisco de Assis Machado Filho, dono da SIS Cyber em Ananindeua, diz que seu negócio proporciona oportunidades para a comunidade se informar e conectar o mundo virtual. "Perdi o emprego, sou professor de informática e resolvi quebrar uma parede em casa e fazer uma sala, onde coloquei três computadores em 2006. Hoje tenho dez máquinas e sou legalizado junto ao Departamento de Polícia Administrativa".
Francisco vai sair da Feira do Empreendedor formalizado. "Só faltava ter CNPJ", informa, orgulhoso. O Sebrae Pará está estudando a possibilidade de se tornar parceiro das lan houses no estado, para que se transformem em pontos de formalização de negócios via internet e também para oferecer cursos de educação a distância. Francisco está muito interessado nisso.
O projeto que apóia as lan houses no Pará, desenvolvido pelo Sebrae, atende atualmente 40 empresas em Marabá e Parauapebas. A maioria se formalizou como Empreendedor Individual, pois a renda anual do negócio situa-se, quase sempre, no limite de R$ 36 mil, conforme exige a legislação. Duas caravanas de empreendedores dos dois municípios, totalizando 30 pessoas, vieram a Belém para participar do encontro.
Adilson Alves de Oliveira, um dos convidados da instituição, não é do segmento, mas está interessado. Ele é membro da Associação de Mini e Pequenos Produtores de Leite de Água Azul do Norte (Aprodan). "Estamos pensando em montar uma lan house na associação. Lá não temos computador e internet e a comunidade precisa disso", relata Adilson.
Ainda nesta sexta-feira (28), o Código de Conduta das Lan Houses, elaborado pelo Comitê de Democratização da Informática (CDI), será tema de palestra no encontro. "Sebrae e CDI são parceiros e estão empenhados em orientar os empresários sobre os cuidados que devem ter ao oferecer os serviços de informática e conexão à comunidade, evitando crimes digitais e materiais ilegais e proibidos", explica João de Deus. Cada lan house reflete seu proprietário e ele deve garantir um ambiente seguro e saudável para toda a clientela, desde crianças até idosos, observa o gerente.
O nome lan house também está na mira do Sebrae, diz o gerente. "Precisamos encontrar outra expressão ou palavra para identificar esse segmento", sugere. Lan significa jogo na língua coreana. As lan houses no Brasil não são apenas 'casas de jogo', que é a tradução literal da expressão, argumenta João de Deus. Francisco, de Ananindeua concorda. "Hoje vendo crédito para celular, fotocópias, serviços de manutenção de computador e lanches. Agora quero me tornar um ponto do Sebrae".
Fonte: Administradores.com.br
Empresários e empreendedores que se encontram na informalidade estão sujeitos a serem pressionados de inúmeras formas. No segmento de lan houses, há casos relatados de proprietários que sofrem discriminação e chegam a pagar propinas a maus policiais e servidores públicos para continuar funcionando. A desinformação sobre o negócio gera esse tipo de situação, que é um dos temas do Encontro de Lan Houses na Feira do Empreendedor em Belém (PA), nesta sexta-feira (28).
Falta reconhecimento da sociedade ao empresário do segmento, segundo João de Deus Amaral Jr., gerente de Comércio e Serviços do Sebrae no Pará. É comum donos de lan houses não se identificarem como empresários. "Alguns empreendedores investiram nesse negócio para gerar uma segunda fonte de renda e não o administram como empresa. Nesse caso, eles também não têm visão do papel social que podem exercer na comunidade", acrescenta o gerente.
Uma grande rede varejista de Manaus fez parceria com as lan houses para oferecer até trinta minutos de navegação gratuita para que consumidores possam pesquisar preços de equipamentos domésticos no mercado local. Se o cliente concluir a compra, a lan house recebe uma comissão. O exemplo empresarial e de inserção social é relatado por João de Deus.
Francisco de Assis Machado Filho, dono da SIS Cyber em Ananindeua, diz que seu negócio proporciona oportunidades para a comunidade se informar e conectar o mundo virtual. "Perdi o emprego, sou professor de informática e resolvi quebrar uma parede em casa e fazer uma sala, onde coloquei três computadores em 2006. Hoje tenho dez máquinas e sou legalizado junto ao Departamento de Polícia Administrativa".
Francisco vai sair da Feira do Empreendedor formalizado. "Só faltava ter CNPJ", informa, orgulhoso. O Sebrae Pará está estudando a possibilidade de se tornar parceiro das lan houses no estado, para que se transformem em pontos de formalização de negócios via internet e também para oferecer cursos de educação a distância. Francisco está muito interessado nisso.
O projeto que apóia as lan houses no Pará, desenvolvido pelo Sebrae, atende atualmente 40 empresas em Marabá e Parauapebas. A maioria se formalizou como Empreendedor Individual, pois a renda anual do negócio situa-se, quase sempre, no limite de R$ 36 mil, conforme exige a legislação. Duas caravanas de empreendedores dos dois municípios, totalizando 30 pessoas, vieram a Belém para participar do encontro.
Adilson Alves de Oliveira, um dos convidados da instituição, não é do segmento, mas está interessado. Ele é membro da Associação de Mini e Pequenos Produtores de Leite de Água Azul do Norte (Aprodan). "Estamos pensando em montar uma lan house na associação. Lá não temos computador e internet e a comunidade precisa disso", relata Adilson.
Ainda nesta sexta-feira (28), o Código de Conduta das Lan Houses, elaborado pelo Comitê de Democratização da Informática (CDI), será tema de palestra no encontro. "Sebrae e CDI são parceiros e estão empenhados em orientar os empresários sobre os cuidados que devem ter ao oferecer os serviços de informática e conexão à comunidade, evitando crimes digitais e materiais ilegais e proibidos", explica João de Deus. Cada lan house reflete seu proprietário e ele deve garantir um ambiente seguro e saudável para toda a clientela, desde crianças até idosos, observa o gerente.
O nome lan house também está na mira do Sebrae, diz o gerente. "Precisamos encontrar outra expressão ou palavra para identificar esse segmento", sugere. Lan significa jogo na língua coreana. As lan houses no Brasil não são apenas 'casas de jogo', que é a tradução literal da expressão, argumenta João de Deus. Francisco, de Ananindeua concorda. "Hoje vendo crédito para celular, fotocópias, serviços de manutenção de computador e lanches. Agora quero me tornar um ponto do Sebrae".
Fonte: Administradores.com.br
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