O governo do Rio inaugurou, na última segunda-feira, a internet gratuita nas comunidades da Rocinha e do Pavão-Pavãozinho. A novidade deixou donos de lan houses nas regiões com uma pulga atrás da orelha. O medo dos comerciantes era perder clientela, afinal, não daria para competir com o acesso de graça. Mas a Secretaria estadual de Ciência e Tecnologia garante que não é bem assim que a banda toca.

— Não há competição. A finalidade da internet pública não é baixar vídeos, por exemplo. É para ser usada com fins educativos e profissionais— afirma o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso.

Antes da implementação do projeto na Rocinha, o secretário se reuniu com donos de lan house da comunidade. Hoje, existem cerca de 120 estabelecimentos na localidade.

— Expliquei a eles que vamos botar de 250 a 350k na casa das pessoas. Quem vai à lan house quer internet de 1 megabyte. Eles entenderam — conta Cardoso.

O secretário bate na tecla de que vai ocorrer justamente o contrário do que os comerciantes temem. Segundo Cardoso, as pessoas sentirão o gostinho de navegar pela rede e vão querer baixar arquivos mais pesados. No entanto, a internet gratuita tem suas limitações de capacidade, o que faria com que o usuário procurasse as lan houses.

Próximas áreas beneficiadas

O recado vale também para os estabelecimentos em áreas que estão prestes a receber o programa. Depois da Rocinha e do Pavão-Pavãozinho, o projeto de internet gratuita vai chegar a três novos locais: até meados de maio, no entorno da Marquês de Sapucaí, que inclui a Avenida Presidente Vargas, o Morro da Providência e as áreas da Gamboa e Saúde; até o fim de maio, na Rua Teresa, em Petrópolis; e até o fim de junho, na Orla da Sernambetiba, na Barra.

Fonte: Extra Online